quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Caminho da Morte - pt. 2

Então, a pobre menina agora escrava da morte e desertora de si, segue seu caminho. Anda por toda noite e embora dissoluta pela manhã, amanhece em si. Bem quisera todo bom feitor que tivesse sido apenas por uma noite,  mas o tempo e espaço se tornaram muito relativos para quem a vida não determina um fim. E no caso da jovem, apenas vagar interminantemente... Por dias, quem sabe anos, nem mesmo ela sabia ao certo, pois sua memória havia se perdido há muito tempo.

Enfim quando já nada restava de sua morte e em nada lembrava de sua promessa, a esquecida garota exilada o observa. Resolve o melancólico ser desvendar...

Todos os dias a jovem olhava aquela forma desconfortante subir o caminho e sentar-se na beira da estrada, de forma tão nostálgica. Ela se sentia presa ao lugar, mas só não se lembrava porque. Tal criatura se sentava, fixava o olhar e nada fazia. A menina chegou a achar que não respirava, pois nem os músculos do peito com o coração se compassavam.

Por fim, ela se desembrenha do mato e por alguns dias apenas se senta ao seu lado, sem nada falar. Nem mesmo se olharem. Mais teve um dia que fez mudar todos os outros.


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